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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atividade - Grupo: Snoopy


Componentes:
Aquiles
Cristina Sousa
Socorro de Fátima
Rosa Amélia
Katiene Sá

5 comentários:

  1. FACULDADE ATENAS MARANHENSE – FAMA
    CURSO DE PEDAGOGIA
    TURMA 214 – NOTURNO


    TEMA: HQs – SNOOP

    1) Em que medida podemos, como educadores, fazermos uso de obras, produto da cultura de massa, para trabalharmos em sala de aula com alunos adolescentes?

    R= “Ler não é apenas decifrar letras, passar os olhos por algo escrito, fazer versão oral de um escrito, é um meio de interrogar uma escrita, formular um juízo sobe ela. Ler é estabelecer uma comunicação com textos impressos, por meio da busca da compreensão. É o processo de construir significado a partir dos textos”. (ZILBERMAN, 1990, p. 49). Em nossa sociedade contemporânea, houve uma sensível mudança nos próprios moldes de leitura. Se antes se lia, talvez mais, só na escola ou no espaço privado do quarto, observa-se hoje, porém, que o exercício de ler ocorre menos na escola, na casa e mais em lugares públicos. Lê-se de tudo em toda parte: jornais, revistas, outdoors, livros, horóscopo, panfletos; lê-se nos ônibus, nas filas, ante as bancas de jornais. Quem lê são indivíduos de todas as faixas etárias e das diferentes classes sociais. E este novo leitor que lê no meio dos outros está em perfeita osmose com seu entorno: ele não mais está só na imensidão do mundo. E seu ler encontra-se muito bem ancorado no reconhecimento de um grupo social.
    Assim a leitura, de várias naturezas, mesmo que dispersa por entre tantos moldes, reforça mais sua enorme importância e necessidade, na escola, a leitura é antes de tudo um objeto de ensino. Para que se constitua também em objeto de aprendizagem é necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno. Para que a leitura, como objeto de ensino, não se separe demais da prática social que se quer comunicar, é imprescindível representar ou reapresentar, na escola, os diversos usos que ela tem na vida social. Por isso, o grande desafio do ensino construtivista é considerar o ponto de vista de cada aluno, entender como os indivíduos interpretam as informações e lidam com elas, como assimilam e valorizam as experiências vividas dentro e fora da escola e, finalmente, como eles evoluem nas diferentes competências para ler, escrever, compreender, interpretar, compor e quem estabelece todo esse processo é o professor e a escola.

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  2. 2) É possível formarmos leitores a partir da leitura de tais obras? Justifique sua resposta.

    R= A leitura não pode ser algo forçado. Para que esse ato se torne um hábito, não deve ser imposto pelo professor de Língua Portuguesa, mas sim trabalhado com professores das diversas disciplinas escolares, discutindo sobre diversas áreas, podendo despertar o interesse do educando e posteriormente levá-lo ao gosto pela leitura. Essa deve ser exposta de modo agradável e no nível de conhecimento do aluno, pois ler o que não se compreende leva o discípulo a afastar-se da leitura. Dessa forma, na tentativa de buscar incentivo no ato de ler, o professor deve investir em novos métodos, não somente buscar os "clássicos da literatura", mas também apresentar aos alunos que uma história em quadrinhos é uma forma de leitura, e com ela, o docente pode tornar esse material um forte aliado no desafio aluno versus leitura. As vantagens na utilização desde tipo de recurso didático são o baixo custo de aquisição dos gibis, a fácil localização deste material e a familiarização dos estudantes com este meio de comunicação.
    Na acepção de Bordini (1988, p.16) "A tarefa da leitura consiste em escolher o significado mais apropriado para as palavras num conjunto limitado". Pois, embora as palavras sejam explicadas no dicionário, nunca exprimem um único significado. A leitura não pode ser algo forçado. Para que esse ato se torne um hábito, não deve ser imposto pelo professor de Língua Portuguesa, mas sim trabalhado com professores das diversas disciplinas escolares, discutindo sobre diversas áreas, podendo despertar o interesse do educando e posteriormente levá-lo ao gosto pela leitura. Essa deve ser exposta de modo agradável e no nível de conhecimento do aluno, pois ler o que não se compreende leva o discípulo a afastar-se da leitura. Dessa forma, na tentativa de buscar incentivo no ato de ler, o professor deve investir em novos métodos, não somente buscar os "clássicos da literatura", mas também apresentar aos alunos que uma história em quadrinhos é uma forma de leitura, e com ela, o docente pode tornar esse material um forte aliado no desafio aluno versus leitura.

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  3. 3) Após constatar a existência de conflitos ou assuntos referentes a problemas da contemporaneidade, verificar até que ponto a leitura de tais obras, contribuem para o enriquecimento do ensino-aprendizagem em sala de aula?

    R = SNOOPY (Quadrinhos Pensantes) Com a utilização político-ideológica das histórias em quadrinhos, veiculando princípios que ajudaram a sustentar governos e regimes políticos em diferentes partes do mundo, foi responsável por inúmeras críticas sociais, denunciando o caráter alienante e pernicioso das revistas. O frágil embasamento que estruturava tais críticas – reducionistas e generalizadoras – foi superado com a publicação dos chamados “quadrinhos pensantes”, Ao nos referirmos a “quadrinhos pensantes”, destacamos que essa classificação advém de sua própria construção histórica, assentada em formulações ou tendências políticas e filosóficas. Destaque a partir da década de 1950, momento em que os super-heróis já não exerciam o mesmo fascínio, conforme pudemos destacar anteriormente. Nesse cenário, o norte-americano Charles Schulz cria Peanuts (1950) que, no Brasil, recebe o nome de Minduim, ou Charlie Brown. Tratam-se de crianças aparentemente comuns, mas extremamente questionadoras da sociedade em que vivem, analisando o mundo, freqüentemente, a partir de ótica pessimista e mordaz. O cãozinho Snoopy reflete questões de seu tempo e Charlie Brown estaria sempre às voltas com dramas existenciais, encarnando o “típico perdedor”, motivo de chacotas e crueldades, por parte das outras crianças do grupo, como Lucy, Linus e Patty Pimentinha. A temática, para Schulz, é bastante simples. A competitividade que caracteriza a cultura norte-americana – e poderíamos afirmar sociedade capitalista – faz com que estejamos mais próximos de perdedores do que de vencedores. Para ele: “Enquanto um alegre vencedor é sem graça, existem centenas de perdedores, que usam historinhas alegres para se consolarem” (apud MOYA, 1986, p.185). Nesse sentido BIBE-LUYTEN (1987, p.40) afirma: “O momento era propício para que este tipo de estória tomasse conta dos quadrinhos (...). A década de 50 ficou conhecida pela fase do quadrinho pensante ou intelectual.
    É muito interessante trabalharmos principalmente com adolescentes as histórias de Charlie Brown, pois, temos todos os momentos marcantes e constrangedores da vida: a eterna espera por um cartão no dia dos namorados, a decepção por não ter coragem para falar com a garotinha ruiva na escola, a desilusão de ser menos amado do que seu próprio cachorro. Exemplo:


    Muitos críticos censuram a utilização de HQs em salas de aula, argumentam que os gibis desestimulam a leitura de livros e contribuem para a formação de adultos que não gostam de ler. VERGUEIRO (2004,p.20) discorda desta afirmação: "muitas pesquisas apontam que crianças que começam a ler com os quadrinhos têm mais facilidade para ler outros livros e procuram outras fontes de informação". Compreender os tipos de HQs e seus gêneros é essencial para a boa utilização desse recurso na sala de aula. É preciso selecioná-las de acordo com a faixa etária dos alunos e para qual conteúdo o professor irá expor em sala de aula. Ampliar os limites do conhecimento, propiciar a formação de uma consciência histórica capaz de levar o indivíduo a sentir-se protagonista de seu tempo e parte de uma sociedade em transformação, constituem tarefas e desafios para a escola e para os professores durante a utilização dos HQ em sala de aula.

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  4. 4) Que tipo de estratégias de ensino-aprendizagem podem ser utilizadas no universo escolar? Tente comentar alguns aspectos sobre o gibi selecionado aspectos positivos e negativos.

    R= As HQs do Snoopy, podem ser aproveitadas por todas as disciplinas, por exemplo, nas aulas de Artes, o professor pode incentivar os alunos a analisar a linguagem dos quadrinhos (balões, quadros, onomatopéias) e a brincar com ela, realizando suas próprias histórias. A metalinguagem que pode ser percebida, por exemplo, nas histórias em que o Cascão sobe no balão para fugir da água, pode dar origem a discussões ou à produção de histórias que utilizem esses recursos. Para aulas de Matemática, os alunos podem ser incentivados a criar histórias com personagens baseados em operações matemáticas ou que se envolvam em tramas cuja solução envolva problemas matemáticos.
    Na área de gramática Usando tirinhas do snoopy - podemos propor exercícios que misturam desde questões gramaticais (identificar locuções verbais, vocativos e onomatopéias) até interpretação.
    Nas aulas de Ciências temas sobre puberdade, primeiros socorros, são um exemplo, é claro que as HQs não se atentem às nomenclaturas especificas, mas pode-se trabalhar o tema mais superficial para depois adentrar em suas especificidades.Para as aulas de geografia e história Desenvolver reflexões mais críticas, com histórias mais elaboradas, como as charges e tiras do Snoopy , pois irá ajudar o aluno a ter um conhecimento de mundo para poder compreende-lo melhor.
    Considerando um ponto negativo nas HQs do Snoopy, podemos citar o personagem de Charlie Brown, que é um personagem nascido para o fracasso, como mediadores e responsáveis em transformações de caráter e idéias, devemos ressaltar esse ponto com nossos alunos e explicar o porque que o personagem se deixar caracterizar como um fracasso, não devemos levar tais exemplos para nossas vidas, pois não somos super-heróis, mais somos lutadores na vida e a vida é cheia de conquistas e não de fracassos.
    REFERÊNCIAS

    BIBE-LUYTEN, S. Histórias em quadrinhos: leitura crítica. São Paulo: Paulinas, 1984.

    BORDINI, Maria e AGUIAR, Vera Teixeira de. A formação do leitor. Porto Alegre:.Mercado Aberto, 1993.

    VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em quadrinhos: uma alfabetização necessária. In: RAMA, Angela;

    VERGUEIRO, Waldomiro (orgs.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. p. 7-29.

    ZILBERMAN, Regina. e SILVA, Ezequiel. In: Literatura e Pedagogia: ponto e contraponto. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990, p. 49.

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  5. Vocês pesquisaram muitos aspectos sobre quadrinhos, trazendo inclusive questões como formação do leitor, leitura etc. Além disso conseguir pensar na prática, como trabalhar os quadrinhos em aula. Parabéns!

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